Juan Tessi
Manglar

Vista de exposição

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Figura con plumero, 2018, Cerâmica, marcador permanente, álcool sobre tela, 176,5 x 185 cm

Figura con plumero, 2018, Cerâmica, marcador permanente, álcool sobre tela, 176,5 x 185 cm

Vista de exposição

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Sem título, 2018, Cerâmica vidrada, plumas, 71 x 23 x 23 cm

Sem título, 2018, Cerâmica vidrada, plumas, 71 x 23 x 23 cm

Vista de exposição

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Manglar, 2018, Óleo sobre tela, 57 x 47 cm

Manglar, 2018, Óleo sobre tela, 57 x 47 cm

Vista de exposição

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Sem título, 2018, Cerâmica vidrada, plumas, 78 x 34 x 23 cm

Sem título, 2018, Cerâmica vidrada, plumas, 78 x 34 x 23 cm

Sem título, 2018, Cerâmica, marcador permanente, álcool sobre tela, plumas, 210 x 141 cm

Sem título, 2018, Cerâmica, marcador permanente, álcool sobre tela, plumas, 210 x 141 cm

Vista de exposição

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Crónicas incompletas, 2018, Marcador permanente, álcool, carvão, gesso, óleo sobre linho montado sobre tela, 169 x 140 cm

Crónicas incompletas, 2018, Marcador permanente, álcool, carvão, gesso, óleo sobre linho montado sobre tela, 169 x 140 cm

A 3+1 Arte Contemporânea tem o prazer de apresentar Manglar, primeira exposição individual do artista Juan Tessi (Peru, 1972) em Portugal.

O trabalho de Juan Tessi tem vindo a desenvolver-se no sentido de estudar o corpo. Não necessáriamente o corpo humano, mas sim os elementos que compõem uma qualquer figura. Da mesma forma, procura explorar a pintura em si, usando, para além da tinta, a tela e os seus limites como componentes da sua morfologia. Nesta exposição Juan Tessi evoca o mangal como uma analogia para o seu trabalho. O artista revê-se neste ecosistema complexo e fértil, de onde uma variedade imensa de espécies brotam e dão origem a outras. Esta ideia de vida, de algo que começa num estado primordial e evoluí, transforma-se e expande, é a essência de toda a obra de Tessi. No entanto, apesar das obras de Juan Tessi apresentarem uma clara continuidade, não operam dentro de uma narrativa e tão pouco procuram aprefeiçoar-se. É neste registo que o artista encontra a sua linguagem pictórica.

Como diz Mariano Mayer: “As pinturas, desenhos e vasos que compõem Manglar correspondem ao género de peças situadas: localizadas num eixo geográfico e temporal preciso. Neste caso, não se encontram num país, num continente, ou num bairro, mas sim num desses terrenos que cobrem as grandes marés de água salgada em cujos estuários crescem árvores e espécies de todo o tipo. O mangal é um habitat de uma grande diversidade botânica e ao mesmo tempo o estágio juvenil de centenas de espécies, capazes de desenvolver uma inteligência biológica e de sofrer diversas adaptações anatómicas. O mangal é aberto, livre, acomodativo e o seu solo é macio. Portanto, não é difícil visualizar esse estuário de alta produtividade, segundo a Wikipedia, como a área onde estão localizadas as corporeidades pintadas, moldadas e traçadas por Tessi. As suas entidades raramente são completas, muitas delas até propõem uma nova ordem, onde pés, mãos e cabeça ocupam um lugar indeterminado. O interesse em construir tal grupo de corporeidades através de linhas e não ocupando toda a tela são a margem que elas precisam para se desenvolver. Os artefactos corporais, nunca naturais, sempre artificiais, eludem qualquer indício de realismo. Essas formas, a serviço da invenção, são experimentadas pelo artista como um protótipo de uma espécie. As suas formas e volumes estão em mutação, mas também o número de extremidades, formando uma espécie anfíbia. Em tal abundância de inventários, um vaso mantém a sua morfologia, mas a sua função sofreu uma mutação, para ser mais preciso, foi interrompida. Os vasos de Manglar, produzidos na oficina de Pedro Pacheco nas Caldas, são formas fechadas, blocos sólidos em que as penas, para adorná-las, devem superar a dificuldade oferecida pelo conjunto de tampas seladas.” *

* Excerto de texto “Sobre Manglar de Juan Tessi” de Mariano Mayer.

Juan Tessi (Lima, Peru, 1972) vive e trabalha em Buenos Aires, Argentina. Estudou pintura com Ricardo Garabito em 1989. Em 1991 ganha uma bolsa para estudar em Maryland Institute, College of Art, Baltimore, onde obteve o seu BFA em 1994. Participa no Yale/Norfolk Summer Residency de 1993 e em 1998 regressa a Argentina, onde começa a expôr em exposições colectivas e individuais. Em 2010 participa na Beca Kuitca / UTDT. Entre 2009 e 2010 organizou e coordenou, em colaboração com Cristina Schiavi, o projecto Mark Morgan Perez Garage. Das suas exposições individuais destacam-se: Frame Section, Frieze NY, com a galleria Nora Fisch em Nova Iorque, EUA (2018); Cameo, Fundación Malba, Buenos Aires, Argentina (2016); Solo Projects, ArtBo, Bogotá, Colombia (2015). Exposições colectivas incluem: Ultramar: Fontana, Kuitca, Tessi, Museo Thyssen, Madrid, Espanha (2017); Premio Braque, Muntref, Buenos Aires, Argentina (2017); Praising the surface, chapter II of the spring exhibitions, Center for Curatorial Studies, Bard College, EUA (2016); Empujar un ismo, Museo de Arte Moderno, Buenos Aires, Argentina (2014); Ultimas tendencias II, Museo de Arte Moderno, Buenos Aires, Argentina (2012); Elogio da Diversidade. Arte Contemporanea Argentina, O Instituto Brasil – Argentina del Consulado General de la Reb. Argentina, Rio de Janeiro, Brasil (2010); Persistência, Museu de Arte Contemporânea, Porto Alegre, Brasil (2006); Centro Cultural Ricardo Rojas, Buenos Aires, Argentina (2000).

18.01.19 – 09.03.19
Inauguração 18.01.19 19h – 22h

Folha de sala

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