Carlos Nogueira
mais desenhos de casas com luz. e escuridão

desenho de casa aberta para cima, Ferro e carvão, 2010-2017, 61,2 x 104,4 x 71,1 cm (foto: António Jorge Silva)

desenho de casa aberta para cima, Ferro e carvão, 2010-2017, 61,2 x 104,4 x 71,1 cm (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

desenho de casa inclinada, 2017, Madeira, ferro e vidro, 2 elementos, 37,8 x 90,3 x 13,2 cm / 38,1 x 90,3 x 13,5 cm (foto: António Jorge Silva)

desenho de casa inclinada, 2017, Madeira, ferro e vidro, 2 elementos, 37,8 x 90,3 x 13,2 cm / 38,1 x 90,3 x 13,5 cm (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

paisagem com casas, 2017, madeira, ferro e vidro, 6 elementos, 29.1 x 36 x 9 cm (foto: António Jorge Silva)

paisagem com casas, 2017, madeira, ferro e vidro, 6 elementos, 29.1 x 36 x 9 cm (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

desenho de casa comprida com muita luz 3, 2017, Madeira, ferro e vidro, 2 elementos, 35,5 x 82,4 x 5,7 cm / 35,5 x 82,4 x 6 cm (foto: António Jorge silva)

desenho de casa comprida com muita luz 3, 2017, Madeira, ferro e vidro, 2 elementos, 35,5 x 82,4 x 5,7 cm / 35,5 x 82,4 x 6 cm (foto: António Jorge silva)

desenho de casa comprida com muita luz 3 (Detalhe), 2017, Madeira, ferro e vidro, 2 elementos, 35,5 x 82,4 x 5,7 cm / 35,5 x 82,4 x 6 cm (foto: António Jorge silva)

desenho de casa comprida com muita luz 3 (Detalhe), 2017, Madeira, ferro e vidro, 2 elementos, 35,5 x 82,4 x 5,7 cm / 35,5 x 82,4 x 6 cm (foto: António Jorge silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

Vista de exposição (foto: António Jorge Silva)

desenho de casa de esquina, 2017, Madeira, papel e carvão e luz, 21 x 60 x 15 cm (foto: António Jorge Silva)

desenho de casa de esquina, 2017, Madeira, papel e carvão e luz, 21 x 60 x 15 cm (foto: António Jorge Silva)

A 3+1 Arte Contemporânea tem o prazer de apresentar mais desenhos de casas com luz. e escuridão, título da mais recente exposição de Carlos Nogueira (Moçambique, 1947).

Nesta exposição, composta por desenhos e instalações esculturais, o artista dá continuidade à sua incessante investigação das relações entre a escultura e a arquitectura, o tempo e a luz, o espaço e o corpo, a palavra e a imagem. O tema da casa atravessa toda a obra de Carlos Nogueira, manifestando-se liricamente através dos títulos ou dos materiais minuciosamente escolhidos pelo artista – ferro, madeira, cimento, vidro, cal e carvão.

“A obra de Carlos Nogueira busca o nome das coisas e o seu lugar. Ao nomear, aquilo cujo nome foi inquirido revela o ser. Assim se conhece a natureza. Nomeia-se: casa, galho, livro, linha. E em seguida define-se a casa como o lugar que preenchemos com conceitos e objectos diversos. Define-se a árvore, como o lugar sagrado e primordial da linha, o livro como a casa do projecto, da palavra. Memórias, espelhos, garfos para levar a comida à boca, copos, corpos. Linhas formam todas as palavras que ali guardamos. Casas, como caixas. E ruínas, quando o tempo apaga as partes da casa que deixaram de fazer sentido, por terem perdido sentido os que nela moravam. Nela passam, por vezes, a morar outros seres: árvores que aí crescem, árvores que usam o abrigo desses muros para se erguer para as estrelas, respirando para o alto e aspirando a superação. Levando a memória até ao firmamento.”*

O cuidado evidente pelo espaço e pela forma como ele é preenchido remete aparentemente para uma tradição minimalista, preocupada com a geometria e a materialidade. No entanto, Carlos Nogueira não deixa de acrescentar uma dimensão humana às formas e aos materiais – o peso da memória, da linguagem e o do ‘habitar’.

Carlos Nogueira, 1947, Moçambique. Estudos de escultura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto e de pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian (1982-1983), da Secretaria de Estado da Cultura (1989-1990) e da Fundação Luso- mericana para o Desenvolvimento (1989). Prémio Camões da II Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira (1980) e Menção Honrosa na Bienal Internacional de Escultura e Desenho das Caldas da Rainha (1995). Integrou as representações portuguesas à Bienal de Veneza (1986), à Trienal de Arquitetura de Milão (1996) e à Quadrienal de Escultura de Riga (2004). Professor associado convidado no curso de Arquitetura da Universidade Autónoma de Lisboa (desde 1998) e professor no Colégio Moderno (desde 1974). Conferencista convidado no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, na Universidade de Mendrizio, nas faculdades de Letras, de Arquitetura e de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, no Ar.Co, entre outros. Responsável pela criação e conceção dos catálogos das suas exposições individuais e autor do desenho gráfico de catálogos e monografias para várias instituições tais como a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, o Museu Nacional de Etnologia, o Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa, o Museu da Cidade da Câmara Municipal de Lisboa e a editora Livros Horizonte. Coautor em trabalhos de arquitetura com Ueli Krauss, Miguel Nery, José Manuel Fernandes, Maria de Lurdes Janeiro, Manuel Lacerda, Manuel Aires Mateus, José Adrião, entre outros, e autor dos cenários e figurinos da peça Finis Terra (1994), da Companhia Olga Roriz. Tem obras nas coleções do Ar.Co, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, CAM – Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural de Belém, Centro Cultural Emmerico Nunes, Fundação Carmona e Costa, Fundação Mário Soares, Fundação de Serralves, Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea, Museu Coleção Berardo, Secretaria de Estado da Cultura, Brighton University, Caixa Geral de Depósitos, Archivo Lafonte – Espanha e em coleções particulares em Portugal e no estrangeiro.

* Excerto de texto “Vislumbres do labirinto” de Emília Ferreira

11.05.18 – 23.06.18
Inauguração 11.05.18 19h – 22h

Folha de sala

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