Javier Arce, Bobby Dowler, Miguel Marina & Alberto Peral
Feeling time

Feeling time, 2024, imagem de divulgação

Feeling time, 2024, imagem de divulgação

Javier Arce, El Tercer paisaje, 2014-2017
Carvão, arame, aranhas, 26 x 26 x 5 cm

Javier Arce, El Tercer paisaje, 2014-2017
Carvão, arame, aranhas, 26 x 26 x 5 cm

Bobby Dowler, Painting-Object_02 (c09-22), 2022
Tinta e objectos, 150 x 150 cm

Bobby Dowler, Painting-Object_02 (c09-22), 2022
Tinta e objectos, 150 x 150 cm

Miguel Marina, Suerte la mía, 2024
Óleo sobre tela, 33 x 41 cm

Miguel Marina, Suerte la mía, 2024
Óleo sobre tela, 33 x 41 cm

Alberto Peral, Tubo II, 2021
Bronze, 34 x 8 x 4 cm

Alberto Peral, Tubo II, 2021
Bronze, 34 x 8 x 4 cm

A 3+1 Arte Contemporânea tem o prazer de apresentar a exposição coletiva Feeling time (Sentir o tempo / Tempo de sentir), com obras de Javier Arce (ES 1973), Bobby Dowler (UK 1983), Miguel Marina (ES 1989) e Alberto Peral (ES-BI 1966).

A exposição explora temas relacionados com o reger do tempo, tendo em conta um enquadramento contemporâneo, em relação ao espaço e às percepções que lhe estão associadas. O título Feeling time tem um sentido duplo, fazendo referência ao livro escrito por Amit Yahav¹ com o mesmo nome, e ao acto em si de sentir o tempo, num momento fictício e fantástico. No seu livro, Yahav investiga a forma como os escritores no século XVIII quantificam o tempo de uma forma cronométrica e qual é o efeito disto no individuo.

Através da pintura, escultura e instalação empregues pelos quatro artistas, a exposição procura dar ênfase à ideia de tempo nas abordagens únicas de cada um em relação a este tema e presente nas suas práticas divergentes.

A forma como Miguel Marina encara a pintura enquanto um processo, quase como fazendo marcações, uma vez que cada gesto é ao mesmo tempo parte de uma identidade única e parte de uma composição e paisagem maiores – as pinceladas anteriores informam as seguintes num ritmo contínuo que potencialmente continua num caminho para a tela seguinte. O ambiente doméstico de Javier Arce é a base para a sua obra, onde surge um conflito aparente entre os espaços de natureza e de trabalho: um híbrido entre a sua casa no campo na Cantábria e entre a cidade. Tanto os materiais utilizados na sua pintura recente, ou nas esculturas e instalações, remetem para uma narrativa entrelaçada dos dois.

Também as esculturas de Alberto Peral cruzam dois lugares: o interior e o exterior, por vezes no meio, quer seja numa estrutura já existente ou posicionadas de forma trivial, as obras existem e remetem para um campo espacial que questiona a sua posição contextual. Um entre. Como uma pergunta sem resposta. As suas esculturas questionam a realidade enquanto se dobram, distorcem e espelham, como sósias de si próprias, revelando objectos permutáveis que quase evoluem em frente ao observador. Esta possibilidade variada de interpretações é também evidente no trabalho de Bobby Dowler. O artista caracteriza as suas pinturas como “Pinturas objecto”, uma vez que, procura telas e estiradores entre amigos e colegas para construir os seus trabalhos. Assim, as obras existem entre os campos da pintura e da escultura, resultando numa linguagem renovada que remete para uma história, e talvez para uma ligação, como uma teia de consciências.

 

¹ Feeling Time: Duration, the Novel, and Eighteenth-Century Sensibility Hardcover – 8 de Maio, 2018, de Amit S. Yahav (Autora)

05.07.24 → 14.09.24

Inauguração 05.07.24, 18h – 21h

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