Drawing Room Lisboa 2022

Vista de stand. Foto: Bruno Lopes

Vista de stand. Foto: Bruno Lopes

Vista de stand. Foto: Bruno Lopes

Vista de stand. Foto: Bruno Lopes

Vista de stand. Foto: Bruno Lopes

Vista de stand. Foto: Bruno Lopes

3+1 Arte Contemporânea: António Neves Nobre, Carlos Noronha Feio & Gabriela Machado
Sociedade Nacional de Belas Artes, Stand 8

26.10.22 – 30.10.22

Na Drawing Room 2022, a 3+1 Arte Contemporânea propôs três artistas: Gabriela Machado (BR 1960), António Neves Nobre (PT 1992) e Carlos Noronha Feio (PT 1980). A seleção de artistas e as suas obras visa destacar abordagens singulares nas suas práticas, procurando apresentar peças que questionem a noção de ‘fazer’ ‘marca’ e ‘desenho’. Enquanto as definições tradicionais e formais do desenho evocam imediatamente imagens associadas ao lápis no papel, os artistas selecionados empregaram materiais inusitados com o objetivo de fazer linhas. No caso de António Neves Nobre, os trabalhos apresentados usam uma parte do corpo para marcar com grafite a superfície colorida do papel. Os gestos revelam-se ao romper a superfície do fundo, como nuvens escuras ao entardecer. Estes trabalhos continuam a explorar o interesse dos artistas em desafiar as técnicas convencionais de trabalhar em superfícies como o papel, colocando no seu lugar outros media. Nas obras de Carlos Noronha Feio, isto é visível. Noronha Feio compôs uma série de “desenhos” utilizando materiais pouco ortodoxos como as luzes de neon, evocando  movimento. Embora complementares e contraditórias entre si, com a outra série de obras de Carlos Noronha Feio, apresentam-se trabalhos de lápis sobre papiro, o que nos leva a questionar os motivos das linhas dentro de uma composição. A aparente aleatoriedade abstrata das linhas e bobinas a lápis de cor no papiro pede-nos para considerar suas origens e relações entre si. No contexto da história da arte, aqui, o artista deixa-nos perdidos em relação à origem dessas formas, como se estivéssemos olhando para hieróglifos de uma civilização desconhecida, deixando-nos decifrar seu significado,. Na mesma linha, os trabalhos de Gabriela Machado, a forma arbitrária com a qual grandes gestos em acrílico sobre papel são criados, revelam que os traços são ao mesmo tempo calculados e ilustrativos, o pincel que se tornou o lápis. Os sujeitos quotidianos nestas superfícies deslocam-se em vários estados de fluxo, pois podemos imaginar que as linhas são ao mesmo tempo estáticas e animadas, devido ao uso dinâmico e informado das cores. Esses trabalhos, enquanto artistas com três linguagens distintas, apresentam perspectivas alternativas à definição do desenho e, ao fazê-lo, iniciam um diálogo contínuo de ideologias.

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