Nuno Sousa Vieira
Inhabitants ou imitar o andar

Vista de exposição. Foto: Bruno Lopes

Vista de exposição. Foto: Bruno Lopes

E=E, 2023
Tinta industrial sobre luminárias de teto do ateliê SIMALA, lâmpada florescente, cabo de aço, cabo elétrico, cerra cabos, cabo de nylon e cabo termorretrátil, Dimensões variáveis. Foto: Bruno Lopes

E=E, 2023
Tinta industrial sobre luminárias de teto do ateliê SIMALA, lâmpada florescente, cabo de aço, cabo elétrico, cerra cabos, cabo de nylon e cabo termorretrátil, Dimensões variáveis. Foto: Bruno Lopes

Vista de exposição. Foto: Bruno Lopes

Vista de exposição. Foto: Bruno Lopes

Vista de exposição. Foto: Bruno Lopes

Vista de exposição. Foto: Bruno Lopes

Salpico 1, 2023
Guarda lamas de borracha do ateliê SIMALA intervencionados, 30 x 23 x 5 cm. Foto: Bruno Lopes

Salpico 1, 2023
Guarda lamas de borracha do ateliê SIMALA intervencionados, 30 x 23 x 5 cm. Foto: Bruno Lopes

Salpico 3, 2023
Guarda lamas de borracha do ateliê SIMALA intervencionados, 30 x 23 x 5 cm. Foto: Bruno Lopes

Salpico 3, 2023
Guarda lamas de borracha do ateliê SIMALA intervencionados, 30 x 23 x 5 cm. Foto: Bruno Lopes

Vista de exposição. Foto: Bruno Lopes

Vista de exposição. Foto: Bruno Lopes

Vista de exposição. Foto: Bruno Lopes

Vista de exposição. Foto: Bruno Lopes

Inhabitants, 2023
Impressão UV direta 1 face CMYK sobre Plexiglass, solas de borracha esquerda do ateliê SIMALA, 200 x 200 x 42 cm. Foto: Bruno Lopes

Inhabitants, 2023
Impressão UV direta 1 face CMYK sobre Plexiglass, solas de borracha esquerda do ateliê SIMALA, 200 x 200 x 42 cm. Foto: Bruno Lopes

Anexo | Peças de sombra e outros brilhos 1, 2023
Vidro colorido, tinta industrial sobre MDF hidrófugo e MDF, 101 x 190,5 x 32,5 cm. Foto: Bruno Lopes

Anexo | Peças de sombra e outros brilhos 1, 2023
Vidro colorido, tinta industrial sobre MDF hidrófugo e MDF, 101 x 190,5 x 32,5 cm. Foto: Bruno Lopes

A 3+1 Arte Contemporânea tem o prazer de apresentar Inhabitants ou imitar o andar, a mais recente exposição individual de Nuno Sousa Vieira (Leiria, 1971) na galeria.

O trabalho de Nuno Sousa Vieira tem sido desenvolvido em estreita articulação com a antiga fábrica de plásticos SIMALA, onde estabeleceu o seu ateliê entre 2001 e 2021. Durante os vinte anos em que ocupou este espaço, o artista criou uma linguagem onde o local de trabalho é, também, o material de trabalho. Assim, Sousa Vieira usa frequentemente nas suas obras objetos e materiais deixados para trás, quando a fábrica foi desmantelada, bem como, elementos arquitetónicos do edifício, dando uma segunda oportunidade à matéria. O edifício da SIMALA foi desenhado especificamente para acolher a fábrica, encaixando-se numa arquitetura modernista que não é considerada de nota, não tendo a qualidade que precisaria para ser vista como um exemplo. Ainda assim, o modernismo da antiga fábrica é aquele que se afirmou no quotidiano de muitas populações. Esta questão é algo que interessa a Sousa Vieira no seu trabalho: falar da história que não faz parte das grandes narrativas. É o desviar do nosso olhar para o que caiu na obscuridade e, pelo caminho, mudar a nossa relação com os objetos.

As esculturas apresentadas em Inhabitants ou imitar o andar começaram a ser desenvolvidas no início de 2022 e são os primeiros trabalhos do artista depois de deixar a SIMALA. Estes foram pensados a par com a transição para o seu novo ateliê e, por isso, esta é uma exposição da qual o movimento e a mudança são partes intrínsecas. Para Sousa Vieira, a distância mostra quem somos, e mudar de lugar muda a forma como vemos o mundo. Até agora, o artista tinha considerado o seu trabalho de forma programática, mas o andar para um espaço novo permitiu que se sentisse mais livre. Este é um exercício que pede ao observador, motivando uma mudança de perspetiva de forma literal, mas, também, figurativa. A relação com as obras de arte tem um cariz de descoberta que, por vezes, pode ultrapassar a realidade.

Assim, Inhabitants ou imitar o andar vive no equilíbrio de dois momentos: entre o lá e o cá, o antigo e o novo, o real e o surreal. Porque, apesar de o artista usar a mesma linguagem, o local onde a pratica já não é igual e o destino final já não é o mesmo. Como disse Apollinaire em As Mamas de Tiresis “Quando o homem quis imitar o andar criou a roda, que não se parece com a perna, inventando, mesmo que inconscientemente o surrealismo”. Da mesma forma, a distância entre o que antes estava perto resultou na dessincronização da língua, deixando que o surrealismo tomasse conta do processo criativo.

30.06.23 → 09.09.23

Inauguração 30.06.23, 18h – 21h

Pé esquerdo (acção de encerramento): Happening & Conversa com Nuno Sousa Vieira e Ricardo Escarduça 05.09.23, 18h

Folha de sala

Review UMBIGO Magazine

Inhabitants ou imitar o andar | performance and video tour

Este site utiliza cookies para garantir que tenha a melhor experiência de utilização.
Saber Mais
A